É palavra da tão criticada NASA: vida primitiva pode ter vivido em Marte há milhões ou bilhões de anos. Na conferência de imprensa ocorrida na terça feira, 12 de março, representantes da agência espacial afirmaram: "As amostras analisadas pelos instrumentos a bordo do Curiosity mostram que o antigo Marte pode ter abrigado microorganismos".



A missão primária do rover estava programada para durar pelo menos dois anos, e a primeira grande descoberta veio sete meses após o pouso na Cratera Gale, em 05 de agosto de 2012. O local foi escolhido pelos depósitos existentes no Monte Sharp, de 05 km de altitude, quase no centro da cratera. Esse local é um registro de bilhões de anos de história geológica do planeta.



De acordo com Michael Meyer, cientista líder do Programa de Exploração de Marte da NASA: "Uma questão fundamental para esta missão é se Marte pode ter sido habitável. E pelo que sabemos hoje, a resposta é sim". A primeira perfuração realizada pelo Curiosity em 08 de fevereiro, alcançando 6,4 cm de profundidade, revelou um material cinza esverdeado. Amostras foram inseridas nos instrumentos CheMin [Química e Mineralogia], e SAM [Análise de Amostras em Marte].



Os dois instrumentos identificaram vários ingredientes fundamentais para a vida, como enxofre, nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, fósforo e carbono. A rocha pesquisada, batizada John Klein, também contém minerais de argila, produzidos pela prolongada exposição a um ambiente com água neutra e não muito salgada, um ambiente totalmente propício à existência de vida.



A agência também revelou que os problemas com um dos computadores do robô estão quase resolvidos. O processador B funciona normalmente, e no A os técnicos conseguiram utilizar setores de memória anteriormente afetados pelo evento ocorrido em fevereiro. Eles pretendem instalar novos programas a fim de que o computador A possa voltar a operar novamente, a fim de que a missão possa ser retomada nos próximos dias.





Por: David Muniz

Fonte: Revista UFO