Por Claudeir Covo



A partir do instante que você passa a ser uma pessoa pública, participando constantemente de trabalhos com a Imprensa, você passa a ser alvo de críticas, positivas e negativas.

No meu caso em específico, onde realizo um trabalho sério, científico e com os pés no chão, com a proposta pública de fazer análises fotográficas de UFOs, acabei conseguindo muitas amizades, bem como meia dúzia de dois ou três inimigos.

Quando você descobre uma fraude e torna ela pública, o autor da fraude fica cheio de ódio, e no mínimo, passa a falar mal de você como vingança. Quantas e quantas vezes eu fui chamado de anti-ufólogo.

Em setembro/95, eu estava com a equipe do Aqui Agora (SBT) em Aparecida do Norte - SP, no meio de dezenas de pessoas que se deliciavam com as luzes que viam, à distância, no meio da mata. O povo da região fazia verdadeiras romarias para ver tais luzes, todas as noites. Em um certo instante, quando eu disse que aquelas luzes eram tão somente faróis de automóveis, quase fui linchado.

Em 1991, algo semelhante aconteceu em Iporanga - SP. O Sr. Nadier Jorge da Mota, morador do local, levava as pessoas no alto de um mirante e dizia que eram naves espaciais as luzes de automóveis que passavam próximo à entrada da Caverna Santana. O Nadier, que não pode nem ouvir em Ufólogo, não entendeu até hoje, mesmo depois de ter sido provado com farta documentação. A região é rica em ocorrências ufológicas, mas neste caso em específico eram faróis de carro.

Em 1994, a Imprensa passou a divulgar o pouso de um disco voador em Piracicaba - SP. Depois de três viagens, uma por mês, analisando o local, cheguei à conclusão que ali nunca houve pouso nenhum. Tratava-se de uma lona que ficou sobre a grama, fazendo-a morrer. Ainda hoje, há Ufólogos que acreditam no fraudulento pouso.

Em 1985, Amilton Vieira fez oito fotos de algo luminoso no céu. O jornal "O Estado de São Paulo" deu ampla cobertura. Era somente a Lua. O Amilton chegou a falar na televisão que eu era um anti-ufólogo. Ele me disse: se você falar que era uma bicicleta voadora, eu posso acreditar, mas jamais eu iria confundir a Lua com um disco voador. Lamentavelmente, confundiu.

Assim, teria muitos outros exemplos. O engano mais comum é o reflexo nas lentes das máquinas fotográficas