Os Sumérios viveram há cerca de 6.000 anos na Mesopotâmia, atual Iraque e foi uma civilização muito avançada, mais até que as que a sucederam. Eles já conheciam o forno, a roda e os ladrilhos. Tinham portos, redes de irrigação e canalização de água potável. Possuíam um sistema legal com leis, cortes, juízes, advogados e promotores. Desenvolveram a arte, a música, a dança e a pintura. Tinham escolas e academias onde se ensinava medicina, química, matemática e outras ciências. Possuíam um sistema de escrita cuneiforme feita em tábuas de argila ainda mole que após secar, formavam um arquivo dos registros históricos.

O sistema da divisão do círculo em 360º que usamos até hoje foi herdado dos Sumérios, que eram excelentes astrônomos e criaram os conceitos de zênite, horizonte, ascensão heliacal, os critérios para os movimentos celestes e a divisão da esfera em graus e o conceito da banda celestial dividida em 12 casas, na qual os planetas realizam seu percurso ao redor do sol. Conheciam também o fenômeno da precessão equinocial que exige uma observação de 2.160 anos. Também sabiam que a terra é redonda e gira em torno do sol.

Segundo os Sumérios, o sistema solar é composto pelo Sol, a Lua e mais dez planetas, sendo a Terra o 7º, o que pode ser correto se contarmos a partir da borda do sistema solar para o centro. O 10º planeta seria Nibiru, que foi de onde seus mestres extraterrestres, os Anunnakis, vieram. Nibiru, segundo os Sumérios, tem uma órbita excêntrica em torno do sol, cuja revolução leva cerca de 3.600 anos terrestres, passando entre Marte e Júpiter quando se aproxima do Sol.

Atualmente conhecemos apenas 9 planetas e o 9º, Plutão, foi descoberto em 1930. Sendo assim, como os Sumérios conseguiram saber tanto sem instrumentos avançados?

Todo esse conhecimento, segundo os próprios Sumérios, foi um legado dos Anunnakis, que teriam vindo à Terra em busca de ouro após constatarem que seu planeta estava perdendo atmosfera e necessitaria de um escudo de partículas de ouro suspenso sobre sua atmosfera para protegê-la. Quando desceram na Terra pela primeira vez, o planeta estava passando pela sua segunda Era Glacial e portanto, dirigiram-se para o Oriente Médio, que tinha porções de terra descoberta, onde iniciaram a prospecção de ouro. Ali fundaram cidades e trabalharam na mineração até que o gelo começou a derreter e as cidades foram inundadas, obrigando-os a criar novos locais para viver e minerar. O deus chamado Enki era o líder, mas foi substituído por Enlil, seu meio-irmão, por não ter sido bem sucedido na busca de ouro nas águas do golfo. Com o derretimento do gelo, foi possível ir mais além e encontraram uma terra descrita como sendo de incrível beleza, conhecida como o jardim do Edem, que acredita-se tenha sido a África na região onde hoje é Moçambique.

Neste novo local, os Anunnakis se esgotaram fisicamente diante do clima quente e os trabalhadores se amotinaram num episódio que ficou conhecido como a Rebelião dos Anjos. Enlil conteve o motim, mas não se comoveu com a situação dos trabalhadores, que encontraram apoio em Enki, seu rival e, em Anu, seu pai. Enki sugeriu à deusa da medicina, Ninharsag, que criasse um lulu, um tipo de trabalhador primitivo para aliviar o terrível trabalho dos deuses. A proposta foi aceita e combinaram-se os gens de diversos animais e aves, mas não se chegou a um tipo adequado para o que se desejava. A solução ocorreu quando foi utilizado o gem de um hominídeo com um Anunnaki. O lulu feito pelos Anunnakis era muito parecido com eles e um texto Sumério descreve o híbrido como: "...A sua pele é como a de um deus".

Aos lulus coube o trabalho de mineração, livrando os deuses desse martírio. Como as filhas dos lulus eram bonitas, muitos deuses se casaram com elas e tiveram filhos, os semi-deuses. Os lulus viveram entre os deuses, mas Enlil e Enki travaram uma batalha pelo controle do planeta e Enki se aliou aos humanos, enquanto Enlil queria destruir todos os lulus. Com a aproximação de Nibiru, sua força gravitacional desestabilizaria as camadas de gelo dos pólos e um grande dilúvio estava previsto. Enlil alertou seus comandados, mas escondeu dos humanos e quando o fato estava prestes a ocorrer, fugiram para o céu, deixando a humanidade a mercê da catástrofe. Acredita-se que o céu a que se refere os textos, seja uma estação espacial em órbita do planeta. Como Enki ficou sabendo do fato, alertou um homem chamado Utnapishtim para que construísse uma arca e colocasse nela seres vivos e plantas em pares de modo que pudessem se salvar. Assim foi feito e a humanidade, a flora e a fauna sobreviveram. Após seu retorno à Terra, Enlil ficou irado e surpreso e parou para refletir, voltando atrás de sua posição de destruir a humanidade. Daquele dia em diante, humanos e Anunnakis trabalharam juntos e os deuses foram ensinando aos homens as bases de uma organização social e depois entregaram-lhes o reino de Súmer, como um legado ao seu futuro na Terra.

O Reino de Súmer encontrou seu apogeu em torno de 1.500 anos e a 2.000 anos a.c., foi invadido pelos Amoritas e Elamitas destruindo-o como civilização autônoma. Suas conquistas tecnológicas e culturais sobreviveram e influenciaram os Babilônios, os Assírios, os Judeus e a civilização ocidental a qual pertencemos.

Esta é a interessante história decifrada das tábuas recuperadas dos Sumérios e contada pelo escritor americano Zecharia Sitchen.

Fonte: Coleção Planeta, volume 2 - Extraterrestres entre nós, páginas 17 a 23, Editora Três.